Com o objetivo de difundir o cultivo e o conhecimento sobre cactos e suculentas, criamos este espaço, que esperamos ser de interesse de todos os amantes destas plantas.
Esperamos receber criticas sobre os temas aqui desenvolvidos e a colaboração de outros interessados, visando o aprimoramento desse conhecimento.
Objetivamos também a troca de informações sobre o modo de ocorrência dessas plantas, visando preservar as espécies e seus habitats naturais.

terça-feira, 22 de maio de 2012

Curiosidades sobre cactos


     A igreja de San Pedro de Atacama, no Chile, devido à dificuldade de se conseguir madeira em pleno deserto, tem seu forro no teto construído por placas alveolares, provenientes de troncos serrados, de um cacto existente na região (“cardon”). Estas placas são leves, bastante resistentes e duráveis, nas condições de uso em que foram empregadas.



     O cacto colunar denominado de “saguaro” (Carnegiea gigantea), encontrado nas regiões áridas do sudoeste dos Estados Unidos e norte do México é a maior espécie de cactácea existente. Os exemplares adultos, com ramificações na forma de candelabro, podem alcançar mais de 15 metros de altura e seus espessos troncos muitas vezes servem de abrigo a animais silvestres. Esta espécie tem crescimento muito lento, demandando cerca de 30 a 35 anos para alcançar um metro e mais de 150 anos para atingir a altura máxima. Floresce após a idade de 40 anos, não sendo, portanto, uma planta adequada para cultivo em estufa. Calcula-se que um saguaro adulto pode acumular milhares de litros de água em seus talos, capacidade esta que era utilizada pelos nativos em suas necessidades hídricas de emergência.



     Até quase o final do século XIX, a cor carmim dos cosméticos femininos era obtida a partir de uma determinada cochonilha, que parasita, entre outras plantas, uma espécie de cacto mexicano. Trata-se da Opuntia cochenillifera, que passou a ser cultivada em quase todo o mundo, principalmente na Guatemala e ilhas Canárias, além do México, com o objetivo comercial de obtenção deste corante natural, usado também como aditivo alimentar e no tingimento de tecidos. Durante o período colonial, o corante cochonilha constituía o segundo produto de exportação do México, em valor, só superado pela prata.



     O menor cacto conhecido não tem mais do que 12 milímetros de diâmetro máximo. A Blossfeldia liliputana é encontrada em pequenas cavidades de rocha ou depressões do solo, na vertente leste dos Andes, entre a Argentina e a Bolívia, a 1.200 a 3.500 metros de altitude. Apresenta forma globular, algo achatada, de cor verde olivácea, que a camufla entre musgos de mesma cor, tornando-se quase invisível, o que a tem preservado em seu hábitat natural, a despeito da grande procura.



      As maiores flores de cactos são encontradas nas espécies dos gêneros Selenicereus e Hylocereus. Estes cactos epífitos são originários das matas tropicais, encontrados desde o sul do México até o norte da América do Sul. Suas flores costumam ser brancas e perfumadas, chamadas popularmente de “damas da noite”, que abrem ao anoitecer e permanecem abertas somente uma noite. As flores destes cactos atingem mais de 30 centímetros de diâmetro, sendo que as da espécie Selenicereus macdonaldiae constituem a maior flor entre todas as cactáceas, alcançando 35 centímetros. As espécies Hylocereus undatus (pitaya vermelha ou fruta dragão – frutos de até 12 cm) e Selenicereus megalanthus (pitaya amarela) são produtoras de frutos, que atingem elevados preços nos mercados nacional e internacional, sendo cultivadas principalmente em países do Mediterrâneo e do sudeste asiático. A pitaya vermelha, provinda da Grécia, costuma ser encontrada em algumas bancas de frutas em Porto Alegre, sendo oferecida ao preço de R$ 10,00 a 15,00 por unidade. Em geral, estas espécies se desenvolvem bem no sul do Brasil, sendo que a Hylocereus undatus é encontrada em muitos lugares do Rio Grande do Sul; não obstante, seus frutos vermelhos não costumam chamar a atenção das pessoas, por completa ignorância de seu valor alimentício e de seus preços elevados.

Um comentário:

  1. Adorei o blog!
    Os cactos e suculentas tem pouca literatura em português, e fiquei contente de poder aprender mais! Tenho um blog tbm sobre o mesmo assunto, e muitas vezes é difícil achar as infos, ou algum site para indicar.
    Obrigado por dividir com a gente! Vou indicar seu blog no meu blog!
    []s

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